segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A difícil arte de educar um filho!!!

Contam de uma grávida que perguntou a Napoleão quando deveria começar a educar o filho que estava esperando. Napoleão respondeu: - "A senhora já esta atrasada!" No conceito dele, ela já deveria estar educando desde o ínício da gestação.
É realmente muito difícil educar um filho. É tanta informação, tantos livros, tantos palpites.... Eu tento absorver tudo que leio e escuto... analiso as informações, peso e realmente coloco em prática as que acho mais coerentes.....
Achei isso aqui bem interessante:
Destacam-se alguns pontos-chave no processo de educação. Eles determinam o grau de êxito em cada caso. São o sacrifício, acordo, objetivos, conhecimento, paciência, firmeza e perseverança. Acrescente outros itens que desejar e melhore ainda mais este encontro de boa vontade na educação dos filhos.



1. SACRIFÍCIO: A tarefa da Educação requer sacrifícios como o da paciência, perseverança e firmeza. Tudo tem um preço na vida. Compreender o resultado do sacrifício ajuda a tornar o custo mais leve. Há tempos as pessoas evitam os sacrifícios, cujo termo significa: privação de coisa apreciada.



2. ACORDO: Todos os cuidadores precisam conhecer e estar de acordo, e agir em parceria. Assim, a força estará concentrada na união e na aprovação sobre a forma de se educar, em comum acordo. A criança percebe o conjunto coerente. ( Realmente coloco em prática este item todos os dias, e é engraçado com a própria Isabela já sabe disse e as vezes me surpreende com uma resposta diferente, como se quisesse saber qual a outra opção dou para ela.... por exemplo: Quando quero que ela coloque tênis para is a escola ao invés de sandália por causa do mau tempo, geralmente dou a ela 2 opções de tênis e ela escolhe entre estes, a birra acaba pois ela sente que a opção foi dela, que a decisão e última palavra foi dela). 



3. OBJETIVOS: Estas tarefas de Educação visam a educar a criança e, conseqüentemente, trazem mais harmonia para o lar. Todos devem ter conhecimento acerca do que se pretende com a educação.



4. CONHECIMENTO: A criança, a partir de 2 anos de idade aproximadamente, testará e contestará os pais, utilizando-se da famosa birra (choro, esperneação, etc) como instrumento para esta finalidade “Quem não chora, não mama”. ( Uma vez ao reclamar para uma amiga que minha filha era muito contestadora, testava muito meus limites, essa amiga me disse: Melhor assim, será uma mulher mais firme, não vai ser aquela que aceita tudo na primeira vez, que acata tudo, que não sabe dizer não, não vai ser aquela que desiste de seus objetivos no primeiro obstáculo e na primeira vez que houve um não!!! E ela tem razão, claro que tudo tem limite, a Isabela é muitoooooo contestadora, raramente obedece de primeira, sempre quer negociar, saber o porque, tentar de todas as maneiras fazer o que quer. Dá um trabalho do cão, porque sempre tenho que falar mais de 2 vezes para ela obedecer) 



5. PACIÊNCIA: Sem a paciência desistimos de nossos projetos, com ela, nos alimentamos diariamente, dando forças para a firmeza. ( E aí volto para o exemplo do item anterior, preciso de muita paciência para não perder a paciência.... hahahaha )



6. FIRMEZA: Manter a prática firme da educação e criar o seu hábito levam a consistência e a segurança da criança. Lembre-se que o tempo gera o hábito. O hábito gera economia. (Sempre fui adepta deste item, e sempre coloquei ele em prática.... tem de haver firmeza e consistência. Um exemplo que sempre dou para as mães de meus pacientinhos: educar uma criança é como adestrar um cão.... a cão não vai entender que um dia pode subir no sofá e no outro não pode... a criança é a mesma coisa... o que pode, pode.... o que não pode, NÃO pode NUNCA! Senão vai confundir a cabeça do coitadinho..... Se ele perceber que você cedeu com 5 minutos de birra, ele aprende, e da próxima vez a birra vai durar 6 minutos pois ele sabe que pode te vencer....)



7. PERSEVERANÇA: No dia.a.dia é que se constrói a educação, portanto, a sua manutenção persistente é fundamental. A constância permite um resultado bem melhor.


PERSISTA...VALE MUITO A PENA!!!!
E sobre aquela história que educar um filho é similar a adestrar um cão achei alguém que pensa como eu.... Teve até uma matéria que saiu na revista Época sobre a similaridade entre se educar crianças e se adestrar um cão, mas ainda não encontrei... achei em um blog isso:









A educação de um filho propriamente dita se divide em vários itens, dos quais destacaria:

a) ensino das inúmeras regras de comportamento em sociedade, que vão desde determinação de horário para refeições e lições até saber se comportar em um jantar, passando pelas regras à mesa e pelo controle do intestino e uretra;


b) ensino complementar àquele ministrado na escola – que para mim consiste em habituar a criança a freqüentar exposições, a ouvir música de todos os estilos (sim, de todos os estilos – depois, ela que escolha seus preferidos), a ler livros que os pais julgam relevantes para a formação de um ser humano (obviamente, respeitando capacidade cognitiva e faixa etária da criança), viajar etc;


c) construção da alta estima da criança – que, ao meu ver, está intimamente ligada à relação afetiva entre pais e filhos e principalmente, no respeito dos pais pelas opiniões dos filhos (vale ressaltar: eu disse opiniões, e não vontades e desejos; e também não disse que toda opinião divergente de filho deve ser acatada – mas ela deve ser ouvida e respeitada).


d) monitoramento (até certa idade), apoio e aconselhamento no que tange às relações sócio-afetivas dos filhos, bem como delegação de responsabilidade, na medida do amadurecimento e idade da criança.


Tenho certeza absoluta que técnicas utilizadas no adestramento de cães seriam total e absolutamente inúteis (e mesmo indesejadas) nos itens c e d; no entanto, confesso que acho os itens a e b muitíssimo similares às técnicas de adestramento.


Em inglês, o ato de tirar a fralda da criança e habitua-la a usar o penico é chamado “potty training”, algo cuja tradução seria “treino para penico”. O que é que as mães fazem? Levam a criança em horas determinadas para o penico e elogiam quando a criança faz cocô ou xixi lá. Isso não seria um adestramento?


O mesmo vale para determinar horários para se alimentar, para fazer lição (na minha casa não se ligava TV ou se brincava antes da lição estar feita), para não comer de boca cheia, para não colocar cotovelo na mesa, para segurar talheres corretamente (a esses treinos aliás, me parece que muitas pessoas faltaram…). Também vale para cumprimentar as pessoas, pedir “por favor”, se comportar em um restaurante etc.


Sinceramente? Não consigo, por mais que eu tente, encontrar diferenças nas técnicas que se aplicam para alcançar os resultados acima com crianças das que são aplicadas aos cães, até porque não há muito mistério: os pais devem ser assertivos, devem falar com autoridade (o que é muito diferente de gritar; só grita aliás, quem sabe não ter autoridade), olhando no olho da criança, e impondo sanções positivas (prêmio – que pode ser um sorriso de assentimento ou o “mamãe está muito orgulhosa de você”) ou negativas (castigo), dependendo de a criança ter cumprido ou não o determinado pelos pais (sim, determinado e não pedido – algumas coisas são negociáveis, outras não são, e aqui estamos falando das inegociáveis).


Por causa disso, acho meio inadequado o tom de chacota da Época. A certa altura, lemos no texto, em destaque “para o Encantador de Cães, o essencial é mostrar quem está no comando. Pais perdidos adoram essa ideia”.


Ora, com todo o respeito, se pais perdidos começarem a entender que precisam mostrar que estão no comando, eles talvez deixem de ser perdidos. Qual é o problema aí? Não vejo nenhum.


Também concordo com o psicanalista citado no texto, Aric Sigman, quando ele afirma que os pais estão totalmente sem diretrizes e se apegam a qualquer coisa que julguem funcionar (tanto que temos essa moda de criança fazer o que quer, pois do contrário ficará traumatizada); só não acho que é o fim do mundo você utilizar os parâmetros utilizados no adestramento de cães, desde que evidentemente, isso se dê em estágios específicos da educação e desenvolvimento emocional dos filhos, e muito principalmente, que os pais consigam, paralelamente a isso, atender aos itens “c” e “d”que eu mencionei acima, itens estes onde não há como se aplicar nada parecido com técnicas de adestramento.


O problema está aí: quantos pais conseguem discernir em quais etapas da educação da criança se aplicam métodos de treinamento, com imposição de limites, tarefas com sanções e em quais deve-se prestar atenção aos anseios do seu filho, ou como ele está se sentindo? Mais: quantos pais estão aptos (ou têm a grandeza d’alma e segurança em si próprios) a, paralelamente a esse “adestramento”, ensinar seus filhos a pensar por si próprios na medida de seu desenvolvimento, a permitir enfrentamentos saudáveis sem que isso signifique perda de autoridade, a ouvi-los, voltar atrás e eventualmente pedir desculpas quando erraram? O cerne do problema é esse, e não a forma como se ensinam determinados comportamentos às crianças, ou de onde tais técnicas foram retiradas.



E aí... o que você pensa sobre o assunto???



Um comentário:

  1. Oiii Ana Paula!

    Tb só estou lendo esse post agora...sempre que posso, leio seus posts anteriores!

    Como já é tarde...vou lê-lo denovo depois, pra poder comentá-lo. No momento, tenho me interessado muito por esse tema. Mas, o que venho notando é que posts sobre educação dos filhos não estimulam muitos comentários...pq será?!

    Bjins

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